Conheça melhor esta técnica
O que é?
É uma técnica endoscópica empregada para controle do sangramento agudo pelas varizes do esôfago e sua subsequente erradicação para evitar novos episódios hemorrágicos. A ligadura elástica de varizes de esôfago (LEVE) é atualmente reconhecida como de eficácia superior a escleroterapia, que continua sendo ainda recomendada como método de escolha na indisponibilidade ou impossibilidade técnica de se realizar LEVE, de acordo com a opinião do médico endoscopista. Para obliteração de varizes de esôfago em pacientes que nunca sangraram, deve-se optar por LEVE.
Como ela é realizada?
A escleroterapia é realizada durante procedimento de endoscopia digestiva alta (EDA). O exame permite diagnosticar a presença, tamanho e características das varizes do esôfago, assim como também localizar seu ponto de ruptura nos casos de sangramento agudo varicoso. Para realização da escleroterapia durante a EDA, deve-se introduzir pelo canal de trabalho do endoscópio (cilindro oco presente em toda a extensão do tubo de endoscopia) um cateter contendo uma agulha na sua extremidade repleto de solução esclerosante (geralmente oleato de etanolamina). Sob visão direta, o endoscopista introduzirá a agulha dentro do cordão varicoso a ser tratado, preenchendo o vaso com a solução esclerosante visando sua obliteração.
O que fazer depois do procedimento?
Todo procedimento endoscópico diagnóstico ou terapêutico tem riscos que deverão ser discutidos com o paciente sempre que possível antes da assinatura do termo de consentimento para o exame. Os efeitos colaterais mais comuns da escleroterapia são:febre, dor torácica e disfagia (dificuldade para engolir os alimentos). Na maioria das vezes, ocorre uma úlcera na superfície da variz tratada, que pode raramente sangrar ou levar a um estreitamento da luz do órgão após sua cicatrização.
Geralmente recomenda-se dieta líquida ou pastosa nas primeiras 48 horas e reavaliação médica na persistência de dor, disfagia ou febre e sangramento digestivo em qualquer intervalo de tempoapós a escleroterapia. Deve-se também atentar para a programação de novas sessões de obliteraçãoendoscópica das varizes habitualmente em intervalos de 15 a 30 dias até a sua erradicação.